domingo, novembro 12, 2006

Azul

Gosto de aves que não existem, a não ser dentro de mim. Dessas que não consigo explicar como são.
Não as há por aí à mão de semear. E só voam onde as vejo voar.
Gosto delas, mas há poucas. Acho até que só deve haver uma. É minha e ninguém sabe sequer como é que ela é. Confesso apenas que me encanta o azul com que se cobre a toda a hora. É sábia. Assim contra o céu, nunca ninguém a vê chegar até mim. Ninguém a vê ir-se embora. Só eu sei. E nem preciso de olhos para ver. Saber.
Segredo só meu.
Enfim... sim, talvez também do céu.
(Mas, céu, escuta-me bem: não é para contar a ninguém!)

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá, Teresa. Só quero deixar registrado que apreciei muito o conteúdo do seu blog.
Com o devido crédito tomei a liberdade de reproduzir um dos seus textos em http://hagar-horrivel.livejournal.com/

Grato.

Antonio.

Anónimo disse...

Olá António!

Grata eu...
Pela escolha e pelas palavras.
Bom saber que alguém navega por aqui e sente prazer com isso...