sábado, novembro 29, 2008

Curvas alegres

Nem mesmo um desenho
desenhando
um desenho de mim
se esquece de traçar
o que faz mais falta
o que é mais preciso.

Espada numa mão, lápis na outra
a força só vem
se não te esquecer
se não me esquecer
de pintar com jeitinho
no meu retrato
as curvas alegres
de um sorriso.



domingo, novembro 23, 2008

Nenhuma diferença

Experimenta fechar os olhos
para veres o que eu vejo
sal na água das nuvens
borboletas navegando
céu no fundo do mar
sol em qualquer lado
tu seco ou molhado
e nenhuma diferença
entre voar e nadar



segunda-feira, novembro 17, 2008

Mão poema

Se eu pudesse
estendia o meu braço ramo
abria a minha mão flor
para além da janela
que me aproxima
sem corpo
até onde alguma tristeza
ainda houvesse
e com ela faria
gesto doce
beijo de dedos
enxugar de mares
ramo de alentos
sopro de segredos
perfumados.

Se eu pudesse seria fada
e a minha mão
tua companhia
ombro, viagem
tinta de sorrisos
luz acesa, chá quente
desejos pedidos
varinha de condão.

(Mas... é só poema
a minha mão.)



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sexta-feira, novembro 14, 2008

Silêncio

Subo ao cume do silêncio devagar
para não me escutar em dó
ser menos só
re_mar no avesso da maré
mi_mar fa_zer nascer outro sol
lá alto onde dizem que mora

Si_lêncio é
apenas mais um som

não é cor em ausência
escuro escondido
corpo esquecido.

Me deixassem e seria quase sempre em silêncio
noutra escala:
Dá, Ri, Meu, Faz, Sal, Lê, Sê, Dá
alto, muito alto
onde tudo é possível sem nenhum tabu
e ainda lhe acrescentava
Flor
Mar
Céu
e
Tu