segunda-feira, setembro 28, 2009

Uma solidão que se desenha


Desenhemos uma solidão
parcial:
tu não estás
(não sei se existes
se te inventei)
tu não cantas
(não sei se cantavas
se imaginei)
tu tão invisível
(não sei se te via
se só sonhei).

Cai uma espécie de silêncio branco
no Verão azul
noite iluminada
sossegada
que sou.

Desenhemos uma solidão
completa:
se te atrasares
um minuto mais
banco de jardim
frio
vazio
já nem eu lá estou.


www.vladstudio.com

3 comentários:

JL disse...

venho aqui muitas vezes. encontro nas tuas palavras uma beleza e encantamento que já pouco consigo sentir.

obrigado.
João Lima

Teresa Martinho Marques disse...

O que dizer?
Agradecer as tuas palavras em troca das minhas...
Este é o meu ninho, o meu refúgio do mundo... talvez seja por isso que algumas pessoas se sentem bem nele (é um ninho com braços abertos)

Obrigada

Anónimo disse...

bonito
bonito
muito bonito