segunda-feira, novembro 17, 2008

Mão poema

Se eu pudesse
estendia o meu braço ramo
abria a minha mão flor
para além da janela
que me aproxima
sem corpo
até onde alguma tristeza
ainda houvesse
e com ela faria
gesto doce
beijo de dedos
enxugar de mares
ramo de alentos
sopro de segredos
perfumados.

Se eu pudesse seria fada
e a minha mão
tua companhia
ombro, viagem
tinta de sorrisos
luz acesa, chá quente
desejos pedidos
varinha de condão.

(Mas... é só poema
a minha mão.)



www.vladstudio.com

3 comentários:

izzie disse...

Fantástico! =)

Anónimo disse...

Com certeza vc conseguiu, atravessou a janela e me alcançou.
Mais uma obra-prima!
Abraços.

Teresa Martinho Marques disse...

Vocês é que me mimam... e são a mão que afaga de longe a lágrima perdida...