Gosto de ir mudando a cor das minhas asas.
Uso tinta ecológica
que desaparece
se dilui em água
e me escapa
sem eu prever
desculpando-me
por cada poema novo
nova combinação de palavras
com alteração meteorológica
que ponha o céu
a chover.
Sim. Eu sei.
Hoje não choveu. Não tenho desculpa.
Mas gosto de sentir que o destino
é coisa que se pinta como se deseja
em tela que é sempre a mesma
parede de todas as casas
mesmo que à vista as cores pareçam iguais
mesmo que ninguém perceba
mesmo que ninguém (te) veja
repintando as minhas asas.
sábado, abril 26, 2008
Pinturas...
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