Tudo é sempre assim
como aquele momento
exactamente antes
da inundação
de escuro
a que o sopro da vela
desatento ou dirigido
conduz.
O reverso
o avesso
o contrário
o oposto
do momento
que antecede
o som do risco
o cheiro a fósforo
da mão que escoa a cegueira
e nos devolve
num pavio navio longo
outra vez
a luz.
3 comentários:
Deslumbra-me sempre com a sua poesia, cada uma melhor que a anterior.
Beijinhos.
:)
Obrigada...
Beijinhos
Excelente!
Julia Franco
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