sábado, janeiro 09, 2010

Marés?

Tudo é sempre assim
como aquele momento
exactamente antes
da inundação
de escuro
a que o sopro da vela
desatento ou dirigido
conduz.
O reverso
o avesso
o contrário
o oposto
do momento
que antecede
o som do risco
o cheiro a fósforo
da mão que escoa a cegueira
e nos devolve
num pavio navio longo
outra vez
a luz.


3 comentários:

Fê blue bird disse...

Deslumbra-me sempre com a sua poesia, cada uma melhor que a anterior.
Beijinhos.

Teresa Martinho Marques disse...

:)
Obrigada...
Beijinhos

Anónimo disse...

Excelente!
Julia Franco