As minhas palavras foram à procura de um desenho novo para mudarem de casa.
Não havia.
Em desespero, as minhas palavras bateram a todas as portas para sair.
Cadeado.
As minhas palavras quase asfixiaram com falta de cor.
Fui eu.
Fui eu quem esqueceu a chave num canto qualquer sem acreditar
que as minhas palavras, mesmo sem música, mesmo sem vento,
mesmo sem pinturas
conseguem bailar.
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