quarta-feira, julho 09, 2008

Sede(s)

Quando tenho sede
e o negro me afoga
és minha janela
bebo a tua luz
prendo-a sem pena
nunca a partilho
sou quem manda nela.

Quando no deserto
és tu a chorar
troco de lugar
abro as portas todas
sou lago, sou rio
luz branca e suave
bebes de uma vez
tudo o que te dou
o doce, o salgado
o certo, o pecado
o quente, o frio.

Até que, vazia,
regressa a escuridão
e numa roda viva
sou eu a pedir
tu deixas-te ir
estendes-me a luz
dás-me a tua mão.


www.vladstudio.com (The black hole)

4 comentários:

Anónimo disse...

=D
Excelente!
Ludimila

Teresa Martinho Marques disse...

:)
Abraço

Pepe Luigi disse...

Precioso poema num encadeamento de palavras com nota de pleno sentimnto.

Teresa Martinho Marques disse...

... Assim fico sem palavras... :)