Às vezes penso:
gostava
de ter asas em vez de só pés
de poder ser outro caminho
de perder a memória
escrever outra história
céu, sonho, castelos no ar em vez de terra
de lés a lés.
Às vezes escrevo
o que penso que gostava
e isso não muda nada.
Fico só mais leve (menos pesada?)
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Gostava...
sábado, janeiro 09, 2010
Marés?
Tudo é sempre assim
como aquele momento
exactamente antes
da inundação
de escuro
a que o sopro da vela
desatento ou dirigido
conduz.
O reverso
o avesso
o contrário
o oposto
do momento
que antecede
o som do risco
o cheiro a fósforo
da mão que escoa a cegueira
e nos devolve
num pavio navio longo
outra vez
a luz.
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